segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Secretário de Segurança fala sobre desmilitarização

Ansiamos por mudança de estrutura, por valorização profissional, por cidadania, enfim : Respeito!

Secretário de Segurança fala sobre desmilitarização
Fonte: Abordagem Policial.com (sexta, 02/08/2013)
Autor: Danillo Ferreira

Secretário fala sobre desmilitarização

José Mariano Beltrame, Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Delegado da Polícia Federal, falou sobre desmilitarização das polícias. O tema vem à tona após uma saraivada de críticas contra a atuação da PM do Rio de Janeiro nos protestos que ocorrem no estado e algumas crises no âmbito das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Disse o Secretário:
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse, em entrevista à Rádio CBN, na manhã desta sexta-feira, ser a favor de se repensar a desmilitarização da Polícia Militar. A discussão veio à tona com as recentes manifestações ocorridas no Rio, quando foram feitas denúncias de abuso por parte de policiais militares. Beltrame acredita que a medida pode ser boa, mas é necessário que ela seja discutida.
- Eu acho particularmente que a desmilitarização tem que ser muito bem esclarecida. Vai desmilitarizar e criar uma Polícia Civil? Ou vai desmilitarizar e criar outra polícia, num regime tipo Guarda Municipal? O que se quer realmente? São a essas questões que temos que ficar atentos. Se for só uma questão de acabar com patentes, poder ser feito. Eu não vejo problema em desmilitarizar. Acho que pode ser uma boa medida desde que se escolha como se vai trabalhar isso – disse.
Ele citou a polícia chilena como exemplo. De acordo com Beltrame, a polícia chilena tem um regulamento militar, mas os policiais têm outra formação, obtida com cursos, aperfeiçoamento e universidades.
Só não enxerga quem não quer: o debate sobre o modelo das polícias brasileiras é atualíssimo. Particularmente, simpatizo com polícias de ciclo completo, não unificadas, mantendo a estética militar em sua ostensividade, mas garantindo o respeito aos direitos e garantias individuais dos policiais – pressuposto básico para que os agentes de segurança sejam “espargidores de cidadania”. Não esquecendo do básico: policiais com formação que tenha a ação preventiva como privilégio e foco.
Como se vê, muitas polícias militares, polícias civis e guardas municipais precisariam ser “mexidas” com isto.
E você, qual mudança anseia para nossas polícias?

6 comentários:

  1. Boa tarde!
    Desmilitarização já, Polícia Rodoviaria Federal usa uniforme e não tem militarismo, até um general do Exército brasileiro disse ser um absurdo se adotar um regulamento militar nos moldes das forças armadas para policias, no exército não existe carreira de soldado.

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  2. Esse modelo de Polícia Militar somente interessa aos governantes que tem um exército a sua disposição, compelido a fazer sem questionar os desmandos de ordens absurdas que tem de ser cumpridas.
    Os policiais militares em todo o Brasil sofrem com perseguição de superiores e oficias por conta desse regulamento medieval e sem propósitos. Teremos uma polícia de excelência a partir do momento que se valorizar o conhecimento e pensamento não somente patentes.

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  3. Acho que a desmilitarização só vem a beneficiar o cidadão, os oficiais das PMs não querem trabalhar na segurança do cidadão, então porque pagar um desucupado destes que ganha em média 7/8 vezes o que um praça ganha pra trabalhar na segurança do cidadão com condições minimas de serviço, enquanto o oficial tem até viatura e motorista pra levar e trazer em casa, acredito que a desmilitarização vai obrigar que todos os policiais trabalhem de forma certa que é trabalhar em prol da segurança do cidadão, voce vai em qualquer delegacia e vê agente, escrivão e delegado trabalhando enquanto que nas PMs só o praça carrega o piano(trabalha).

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    1. Sou oficial, sou primeiro tenente, concordo com a desmilitarização, mas discordo com você em relação ao ponto onde você diz que oficial não trabalha: isso não é verdade. Trabalha, e muito! Ao menos os tenentes. Digo, com toda certeza: na PMDF os tenentes estão trabalhando, em média, o absurdo de 60 horas semanais, sendo que até a OIT (Organização Internacional do Trabalho), recomenda o máximo de 44 horas semanais.). Em relação ao militarismo, ao menos no que tange o serviço policial militar, já passa da hora em repensar esse modelo arcaico de estruturação institucional. Por exemplo, a nojenta escala de 24 aplicada no serviço policial: é um absurdo! Isso é algo que veio do Exército, mas que não serve pro nossa realidade de serviço policial! Serviço de 24 aquartelado no Exército é algo totalmente diferente do que ter que passar um dia inteiro combatendo a criminalidade nas ruas e zelar pela segurança do cidadão. E mesmo assim, mesmo nas 24 horas de jornada de serviço em um quartel do Exército, é importante lembrar que eles tem quarto de hora, ou seja, é muitíssimo mais suave do que 24 horas combatendo o crime.

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  4. Acho que a desmilitarização só vem a beneficiar o cidadão, os oficiais das PMs não querem trabalhar na segurança do cidadão, então porque pagar um desucupado destes que ganha em média 7/8 vezes o que um praça ganha pra trabalhar na segurança do cidadão com condições minimas de serviço, enquanto o oficial tem até viatura e motorista pra levar e trazer em casa, acredito que a desmilitarização vai obrigar que todos os policiais trabalhem de forma certa que é trabalhar em prol da segurança do cidadão, voce vai em qualquer delegacia e vê agente, escrivão e delegado trabalhando enquanto que nas PMs só o praça carrega o piano(trabalha).

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  5. Não é só desmilitarizar, é unificar as polícias.

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